O Perfil do Investimento Chinês
Creio que a recente aquisição de 21,35% do capital da EDP, mais o direito de preferência sobre os remanescentes 4% em posse do Estado português, pela China Three Gorges, num negócio cifrado em 2,7 mil milhões de Euros, deveria fazer reflectir Angola sobre o perfil do investimento chinês. Notamos que o investimento chinês em Angola é muito vocacionado para o baixo valor acrescentado, nomeadamente, com um interesse muito incisivo no acesso e na exploração dos recursos naturais, com o objectivo primordial de abastecer as necessidades de energia da sua economia, mais concretamente, da sua indústria.
Do ponto de vista da economia angolana é um trade-off pouco vantajoso, fornece matérias-primas em estado bruto, com pouco valor incorporado, sem qualquer tipo de transformação, porque ela ocorre no país importador, depois de transformados são exportados de volta para Angola. O caso mais típico e paradoxal, é a exportação do crude, o maior responsável pelas exportações angolanas, ao mesmo tempo, o crude refinado é uma das maiores componentes das importações angolanas.
Notamos que Angola tem pouca capacidade para atrair Investimento Estrangeiro de qualidade, que seria fulcral para a dita diversificação da sua economia, depois começamos a sentir que a dita diversificação não passa de um chavão, apenas, um projecto para ficar no papel. É necessária uma mudança no funcionamento da economia angolana com o intuito de ser mais atractiva ao investimento nacional e estrangeiro. Caso contrário, Angola será sempre, apenas um país com capacidade para atrair investimento com baixos índices de competitividade, logo, os seus níveis de desenvolvimento serão inevitavelmente mais lentos.
Obviamente, Angola não possui os recursos, nem o músculo financeiro chinês, mas as opções de investimento chinesas são bastante evidentes, ter posições de domínio em empresas de elevado know-how, como a EDP, um know-how que os chineses carecem neste momento e estão dispostos a comprar, proporcionar financiamento para que a empresa possa continuar a crescer no mercado da América Latina e abrir o mercado asiático. Neste prisma o preço pago pela empresa tendo em conta o seu valor até foi baixo.
O ponto de reflexão é este, a China tem excesso de liquidez, falta de know-how e falta de recursos naturais, Angola possui recursos naturais mas não possui know-how, nem liquidez, não faria sentido Angola vender os seus recursos naturais num mix know-how e liquidez? E paulatinamente reduzindo a sua dependência em relação ao exterior?
Creio que a recente aquisição de 21,35% do capital da EDP, mais o direito de preferência sobre os remanescentes 4% em posse do Estado português, pela China Three Gorges, num negócio cifrado em 2,7 mil milhões de Euros, deveria fazer reflectir Angola sobre o perfil do investimento chinês. Notamos que o investimento chinês em Angola é muito vocacionado para o baixo valor acrescentado, nomeadamente, com um interesse muito incisivo no acesso e na exploração dos recursos naturais, com o objectivo primordial de abastecer as necessidades de energia da sua economia, mais concretamente, da sua indústria.
Do ponto de vista da economia angolana é um trade-off pouco vantajoso, fornece matérias-primas em estado bruto, com pouco valor incorporado, sem qualquer tipo de transformação, porque ela ocorre no país importador, depois de transformados são exportados de volta para Angola. O caso mais típico e paradoxal, é a exportação do crude, o maior responsável pelas exportações angolanas, ao mesmo tempo, o crude refinado é uma das maiores componentes das importações angolanas.
Notamos que Angola tem pouca capacidade para atrair Investimento Estrangeiro de qualidade, que seria fulcral para a dita diversificação da sua economia, depois começamos a sentir que a dita diversificação não passa de um chavão, apenas, um projecto para ficar no papel. É necessária uma mudança no funcionamento da economia angolana com o intuito de ser mais atractiva ao investimento nacional e estrangeiro. Caso contrário, Angola será sempre, apenas um país com capacidade para atrair investimento com baixos índices de competitividade, logo, os seus níveis de desenvolvimento serão inevitavelmente mais lentos.
Obviamente, Angola não possui os recursos, nem o músculo financeiro chinês, mas as opções de investimento chinesas são bastante evidentes, ter posições de domínio em empresas de elevado know-how, como a EDP, um know-how que os chineses carecem neste momento e estão dispostos a comprar, proporcionar financiamento para que a empresa possa continuar a crescer no mercado da América Latina e abrir o mercado asiático. Neste prisma o preço pago pela empresa tendo em conta o seu valor até foi baixo.
O ponto de reflexão é este, a China tem excesso de liquidez, falta de know-how e falta de recursos naturais, Angola possui recursos naturais mas não possui know-how, nem liquidez, não faria sentido Angola vender os seus recursos naturais num mix know-how e liquidez? E paulatinamente reduzindo a sua dependência em relação ao exterior?