quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Conviver com o Estado

Para muitos de nós o Estado é um conceito muito abstracto, apesar do Estado estar sempre presente na nossa vida. O Estado somente transforma-se em algo mais concreto quando por alguma razão o cidadão se relaciona com as suas instituições, são o rosto do Estado, que algumas vezes podem ter uma expressão simpática e outras vezes não. Geralmente, para a maioria das pessoas relacionar-se com o Estado não é nada simpático, porque o Estado é fonte de burocracia e além disso é a expressão do poder. Uma expressão da qual somente fazem parte uma minoria que é legitimada pela maioria, ou seja, o poder do Estado é uma manifestação de vontades da maioria que no fundo é exercida por uma minoria restrita, os eleitos.
Os eleitos quando não têm o sentido da virtude em vez de servir, servem-se do Estado para os seus fins pessoais, em proveito próprio mas em prejuízo da maioria. Uma maioria que legitimou uma minoria entregando-lhe o seu voto de confiança. Quando essa maioria ganha consciência que a sua Fidúcia foi traída e a sua sobrevivência foi posta em causa, as multidões rebelam-se com o fim de depor a minoria e acabar com o seu sofrimento, o Estado, no entanto subsiste porque ele é fonte de poder. O Poder é uma atracção, inclusivamente, uma aspiração humana mas que corrompe os homens porque ninguém consegue resistir aos seus apelos e ninguém é detentor de virtudes infinitas. O Homem não é capaz de viver em sociedade sem o Estado e o Estado sem o Poder não faz sentido.