segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Sem Rating, Máxima Responsabilidade

Recentemente, houve uma notícia que passou inexplicavelmente desapercebida nos meios em Angola, trata-se do empréstimo obrigacionista internacional de USD 4 Mil Milhões emitidos pelo estado angolano, cuja, operação está a ser montada pela JP Morgan Chase.
É uma operação de elevado montante, mesmo para os mercados financeiros internacionais, principalmente, para um país do continente africano e no contexto económico actual. Achei estranha a análise feita pelo banco de investimento Renaissance Capital defendendo que antes de colocar a emissão no mercado seria lógico submete-la ao rating, a questão, é que somente deve submeter-se ao rating quem estiver em condições para fazê-lo, não me parece que seja o caso de Angola, neste caso, é preferível emitir as obrigações sem rating do que fazê-lo com um rating mau. Bem por alguma razão temos o JP Morgan Chase a assessorar a operação.
Agora, para despertar o apetite dos investidores creio que a emissão terá que ter taxas de remuneração no mínimo ao nível dos dois dígitos, quanto maior o risco maior a remuneração exigida, uma emissão angolana será sempre considerada pelo mercado de alto risco, a reflexão que gostaria de fazer, é a seguinte, uma emissão obrigacionista de USD 4 Mil Milhões remunerada a uma taxa de dois dígitos, obriga necessariamente, que o PIB angolano nos próximos anos também cresça a taxas de dois dígitos, caso contrario, assistiremos em Angola a uma profunda destruição de valor na economia angolana pelo peso de uma divida demasiado onerosa. Será vital que os critérios de aplicação destes capitais sejam rigorosos e exigentes, é de extrema importância que sejam aplicados em projectos de elevadas rentabilidades, caso contrário, poderemos assistir a um cenário de agravamento da pobreza do país no longo prazo.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Uma Confirmação Desagradável

Há alguns dias tive acesso ao índice de percepção da corrupção, tive a desagradável confirmação que Angola ocupava a 162ª posição do ranking, constituído por 180 países. O índice de percepção da corrupção é elaborado pela Transparency International, utilizando 13 fontes de 10 organizações independentes. Todas as fontes têm como objectivo medir os níveis de corrupção, tanto no sector público como no sector privado. São analisados 180 países, que são pontuados de 0 a 10. Um país pontuado com 0 é sinónimo de maior corrupção enquanto um país pontuado com 10 é sinónimo de menor corrupção.
Angola aparece pontuada no ranking com 1,9 um valor baixíssimo que nos coloca ao nível de países como Congo Brazzaville, Republica Democrática do Congo, Guine Bissau, Quirguistão e da Venezuela.
Apesar do esforço económico que Angola tem conhecido nos últimos anos, expresso em elevadas taxas de crescimento económico, ainda existe uma percepção muito negativa do país no exterior, a corrupção é uma variável inegável no nosso país, mas também acho que os esforços e os sacrifícios do povo angolano mereciam um reconhecimento internacional. Não é fácil reconstruir um país do dia para a noite, existem reformas profundas a realizar, muitas mudanças sociais a serem implementadas, mas tudo terá que levar o seu tempo, além disso, muitas vezes esquece-se que o fenómeno da corrupção não foi criado no continente africano, foi um habito social instituído e importado de outros modelos civilizacionais, ou seja, foi uma pratica importada e instituída por países estrangeiros em África, uma pratica que apenas penaliza os próprios africanos, neste caso particular, Angola.
Deixo-vos o link onde podem consultar o dito ranking:
http://www.transparency.org/policy_research/surveys_indices/cpi/2009/cpi_2009_table

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Uma Boa Surpresa

Há alguns anos atrás quando viajei pela primeira vez a Moçambique, mais concretamente, a Maputo, como qualquer pessoa que viaja pela primeira vez a um lugar novo, tentei obter o máximo de informação sobre o lugar que ia visitar. Tal como hoje, também há alguns anos atrás (não muitos), a melhor fonte de informação era e é a internet, nomeadamente, os portais de busca. No meu caso, a minha principal fonte foi o Google, bem, até aqui nada de novo.
O que realmente, foi uma surpresa para mim, foi encontrar naquela altura, a cidade de Maputo no Maps.Google com as suas ruas legendadas. Foi uma surpresa muito agradável porque permitiu-me ver toda a cidade de uma forma antecipada e localizar todos os lugares em que deveria estar durante a minha estadia, bem como, ter uma noção dos trajectos, ou seja, permitiu-me planear melhor a minha visita e ter uma ideia mais concreta sobre Maputo sem nunca lá ter estado. De facto, ter acesso a um mapa de imagens reais com as ruas identificadas é uma grande utilidade e pode ser bem ilustrativo das coisas que se andam a fazer em Moçambique, nomeadamente, na esfera das tecnologias.
Na altura, lembro-me ter registado com pena, o facto, de Luanda ainda não merecer um tratamento semelhante no Maps.Google, não sei, se é um trabalho complexo de fazer, nem sei se ele depende das autoridades angolanas, se seria feito por angolanos ou por funcionários da Google, a única coisa que eu sei, é que Maputo existe no mapa do Maps.Google, enquanto, Luanda permanecia no anonimato das trevas. Sim permanecia, mas já não permanece mais, porque finalmente podemos encontrar Luanda no Maps.Google com algumas das suas ruas identificadas. Senti uma enorme satisfação e fiquei a pensar, que muitas vezes as coisas se definem por pequenos detalhes, e para um país que pretende fazer do turismo uma referência, creio, que é importante que as pequenas coisas sejam repensadas.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Os Elefantes Brancos Angolanos

Em 2010 Angola irá organizar a CAN 2010, tal como, aconteceu em Portugal que organizou o Euro 2004. Um investimento maciço em infra-estruturas, nomeadamente, estádios, sustentado em supostos estudos de viabilidade económica e financeira que apontavam para um beneficio económico muito maior do que o custo. Durante o evento viveu-se a euforia, as cidades organizadoras encheram-se de pessoas e o país era noticia em todo o mundo. O problema foi quando terminou a competição, o país ficou com 10 estádios novos cuja maioria não conseguiu e não consegue rentabilizar, são verdadeiros passivos que privaram outros sectores económicos dos meios financeiros para desenvolverem-se e modernizarem-se.
Em Portugal existem pelo menos 7 estádios que podemos considerar Elefantes Brancos porque representam verdadeiros buracos financeiros pagos pelo erário público, são investimentos de má qualidade porque não têm uma natureza reprodutiva na economia portuguesa, aliás, inclusivamente já se cogita a demolição de alguns deles, precisamente, devido aos elevados custos que comportam.
Sabendo dá má experiencia portuguesa, no que se refere, ao impacto deste tipo de eventos na economia, surpreende-me que um pais com tantas carências, priorize um investimento de tão baixa qualidade, porque parece-me notório que este evento jamais vai gerar cash-flows suficientes para se pagar a si próprio, basta analisar as deficientes condições hoteleiras do país, reduzidas em número e excessivamente caras, a falta de experiência e de visibilidade no turismo, sem mencionar, a falta de uma rede de transportes organizada e os elevados níveis de insegurança, prevejo que o afluxo de turistas para seguir as suas selecções em Angola será reduzido. Quando o evento terminar, Angola ficará para a posteridade e para a história com os seus Elefantes Brancos, sem saber muito bem o que fazer com eles, tal como, acontece em Portugal. Por vezes sinto que as elites angolanas ainda estão impregnadas de um colonialismo intelectual português mas subconsciente e totalmente demencial.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Os Equívocos da Politica Financeira Angolana

Normalmente, uma das fontes de prestígio de um país é a sua capacidade de ceder liquidez ao FMI com o intuito, desta instituição, sob condições muito particulares intervir em países com dificuldades especiais, tal como, aconteceu em Angola com a sua balança de pagamentos.
Podemos imaginar Angola como se fosse uma empresa que só vende um produto á vários clientes (exportação de crude), mas como todas as empresas sente necessidade de investir, neste caso, em melhores infra-estruturas para que no futuro possa produzir e vender outros produtos ou serviços com o objectivo de crescer. Convém não esquecer como todas as empresas, Angola tem fornecedores, ou seja, importação.
A conjuntura internacional altera-se, a empresa passa a vender menos, o preço do petróleo baixou, no entanto, a empresa não deixa de comprar aos seus fornecedores e forçosamente terá que pagar as suas facturas, a empresa começa a deparar-se com um problema de crescimento, as suas necessidades de fundo maneio aumentaram mas a tesouraria progressivamente parece ter menos dinheiro.
Angola esta perante um dilema, precisa de crescer mas só pode fazê-lo se reinvestir, neste contexto, o absurdo é constatar que o Banco Nacional de Angola faz uma venda massiva de dólares no mercado para suster o valor do kwanza, foi um acto de gestão incompetente.
A empresa já debilitada na sua estrutura financeira, nomeadamente, nos seus capitais permanentes, estoirou de forma absurda parte das suas reservas, principalmente, se pensarmos que a tendência do dólar nos mercados internacionais é para a sua desvalorização, quando isso acontece, o preço do crude sobe, logo, as reservas de divisas denominadas em dólares voltariam a aumentar, implicando a valorização do kwanza.
Mas voltando a empresa, que poderíamos denominar Angola S.A., com a tesouraria debilitada, ela tem necessidade de reforçar os seus capitais permanentes, pode fazê-lo usando o reforço do seu capital próprio, ou então, com recurso a divida (empréstimo do FMI).
Muitos podem argumentar que o recurso a divida não é bom, a empresa já por si está excessivamente endividada, além disso, não existe direito de sobrecarregar as gerações futuras com o pagamento da divida, no entanto, existe um detalhe que convém não esquecer, a empresa necessita continuar a crescer, só pode fazê-lo com recurso ao auto-financiamento ou com a divida, o alavancamento não é necessariamente mau, bem pelo contrario, sempre e quando a rentabilidade do investimento é superior ao custo do capital (divida), sempre que está condição se verifica existe criação de valor. A questão fundamental, é saber se o Ministério da Economia e das Finanças têm melhores gestores do que o Banco Nacional de Angola?

sábado, 14 de novembro de 2009

Um Modelo Económico para Angola

Neste post gostaria de fazer uma reflexão sobre qual deveria ser o modelo económico angolano, na minha opinião, a economia angolana deveria basear-se num triângulo virtuoso que tivesse como função o alavancamento e o arrastamento de toda a economia angolana.
O meu triângulo virtuoso teria como vértices a energia, as telecomunicações e a agricultura. Creio fundamental que Angola não se reserve apenas ao papel de exportador de crude, Angola deveria ser uma referência continental na produção e exportação de energia. Na energia, incluo a produção do crude e a sua refinação, a produção eléctrica, a produção de energias renováveis (com a produção interna de todos os seus componentes) e a energia nuclear. O desenvolvimento de competências no sector da energia têm um efeito de arrastamento em outras actividades, como pode ser a indústria química, a título de exemplo, a produção de plásticos, moldes e do papel.
O vértice das telecomunicações é fundamental num mundo cada vez mais globalizado porque as sociedades, nomeadamente, as suas empresas necessitam ser ágeis, flexíveis e rápidas. As telecomunicações têm o dom de aproximar os cidadãos e as empresas ás instituições e ao mundo, reduzindo a burocracia, reduzindo processos, agilizando decisões, economizando tempo e reduzindo a corrupção. As telecomunicações têm um efeito de arrastamento ao nível dos sectores tecnológicos, nomeadamente, na informática e na produção de software. O vértice das telecomunicações tem a faculdade de ser o valor acrescentado da sociedade enquanto no vértice da energia podemos encontrar a industria mais pesada e que pode servir para alavancar financeiramente as demais actividades.
Por fim, temos o vértice da agricultura, creio que é fundamental que um país com as características de Angola seja auto-suficiente, nomeadamente, a nível alimentar. A partir da agricultura podemos desenvolver actividades como agro-pecuária e a agro-indústria, a manufactura, com a consolidação destas actividades podemos pensar na sua distribuição e de uma forma progressiva ir substituindo as importações destes itens. Obviamente, um país que sofreu uma guerra civil devastadora como Angola, as infra-estruturas, obras públicas e os transportes têm uma palavra a dizer no país, no entanto, as linhas orientadoras para o futuro de Angola devem estar baseadas neste triângulo virtuoso, sem esquecer, a formação adequada de recursos humanos que possam integrar esses mesmos sectores.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

A Mediocridade Jurídica

Andamos ultimamente muito atarefados e preocupados, pelos menos aparentemente, com a Nova Constituição, como se ela fosse resolver todos os nossos queixumes. Sobre este tema gostava de fazer a seguinte reflexão, o edifício jurídico angolano é um legado português no seu estado mais puro. Sabemos que o sistema jurídico português, a semelhança, dos sistemas jurídicos dos países do sul da Europa, os ditos, latinos, se caracterizam por uma produção jurídica que na sua génese é a incompatibilidade, ou seja, produzem-se leis em duplicado ou triplicado, em sentidos opostos, simplesmente, para não chegar a conclusão nenhuma, a única intenção é deixar uma porta aberta a total impunidade, uma porta somente perceptível a quem tiver os melhores advogados. Não é por acaso que os países do sul da Europa são os mais corruptos do continente europeu, mas sinceramente, não sei quem ocupa a polé position, onde todas as ilegalidades são permitidas sem quaisquer consequências, onde os processos se arrastam em tribunais sem nunca conhecerem fim e sem que seja feita justiça, o padrão normal, são os processos prescreverem e serem arquivados. Se esta é a nossa herança jurídica colonial, creio que todo o corrupto em Angola é merecedor de perdão porque está obra jurídica não é de sua criação.
Por isso, peço-vos, que a Constituição de Angola não seja mais um calhamaço jurídico desactualizado e sem sentido, por favor, sigam os melhores exemplos, reformulem a Constituição, façam uma com apenas 10 artigos e que sirva de exemplo ao legislador para aprender a ter contenção e a não produzir ordenamentos jurídicos a toa. O Legislador devia ser obrigado a falar fluentemente alemão, com toda a certeza, teríamos uma Angola com melhores leis.

sábado, 7 de novembro de 2009

Inspiração para Inovar

Há alguns meses atrás escrevia num jornal de referência de Luanda um artigo sobre a diversificação económica e a importância da identificação dos sectores estratégicos, ou seja, dos sectores chaves. Nesse artigo fazia referência a um caso espectacular que estava a acontecer no Quénia onde uma operadora móvel permitia aos seus clientes efectuar pagamentos e transferências de dinheiro através do telemóvel. Uma inovação tecnológica que estava a revolucionar os hábitos locais, permitindo que pessoas que não tinham condições para ter uma conta bancária passassem a fazer parte do sistema financeiro, além do salto qualitativo que implicava para a própria sociedade, por exemplo, algumas empresas passarem a pagar os salários via telemóveis, se pensarmos, na óptica de uma empresa, esta operação implica uma grande simplificação de processos, menos papel, menos tarefas e menos comissões, além disso, implica uma sociedade tecnologicamente mais bem preparada. Este fenómeno permitiu colocar o Quénia no centro de atenções de todos os gurus do marketing porque se conseguiu descobrir uma fórmula de fidelização dos clientes ás operadoras de telemóveis, algo que durante anos estava a ser estudado sem sucesso e cuja resposta foi encontrada no continente africano. Por essa, razão sinto uma ligeira satisfação por uma medida anunciada pelo Banco Nacional de Angola em permitir que esta tecnologia seja implementada em Angola, estou certo que será uma óptima oportunidade de negócio e permitirá melhorar a vida de muitas pessoas. Para terminar, deixo aqui o fac-simile do meu artigo.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

A Bolsa de Valores em Luanda

Parece que Angola vai ter mesmo uma Bolsa de Valores, um projecto que foi ganhando forma antes da crise financeira internacional, mas cuja crise condicionou o seu nascimento, curiosamente, a crise foi precisamente disseminada a escala global pelas Bolsas de Valores.
A Bolsa de Valores é basicamente um lugar onde as empresas podem obter capitais (financiamento) vendendo as suas acções aos investidores, enquanto, para os investidores a Bolsa de Valores representa uma forma alternativa de aplicação das suas poupanças, através, da obtenção de dividendos ou mais-valias.
A mim pessoalmente, a Bolsa de Valores em Angola, gera-me alguma apreensão, devido a pouca cultura financeira dos investidores, o número pouco significativo de empresas com condições para integrar um mercado bolsista, o facto de ser um mercado imaturo e inexperiente e preocupa-me fundamentalmente uma regulação inapropriada e uma supervisão ineficiente.
Temo que a Bolsa de Valores de Angola seja uma praça de pouca liquidez e entregue aos investidores institucionais, portanto, um palco para praticas que apenas servem para esmagar as margens do mercado a custa dos pequenos e médios investidores. Preocupa-me que a Bolsa de Valores de Angola seja invadida por salas de mercados (Bancos) mais experimentados, que apliquem estratégias de trading extremamente agressivas aproveitando-se da ingenuidade dos investidores, operadores, reguladores e da supervisão local. Posso estar enganado mas receio que a Bolsa de Valores de Angola seja espremida até ao último centavo por traders menos escrupulosos sem que ninguém se aperceba muito bem do que esta a acontecer.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

A Prioridade Energética

Como já foi referido anteriormente no blog, uma das condições essenciais para a diversificação económica é a existência de investimento directo estrangeiro, portanto, a capacidade para atrair capitais e investimentos externos. A questão que nos devemos colocar é quais são as variáveis que levam um empresário à investir noutro país?
Podemos estar seguros que um investidor antes de tomar uma decisão de investimento já fez o seu trabalho de casa, seguramente, avaliou as perspectivas de evolução da actividade no país, sabe qual é o risco do país e, seguramente, tem identificado as principais oportunidades de negócios. Mas de uma forma geral, quando uma grande multinacional decide investir noutro país, principalmente, procura obter ganhos de produtividade, ou seja, procura factores de produção mais baratos para ganhar competitividade.
Numa empresa de cariz industrial, os gastos com a electricidade assumem uma elevada percentagem no total dos gastos, Angola é um país com uma grande ineficiência no abastecimento de electricidade, ainda no outro dia li uma noticia que fazia referência a cortes específicos de electricidade durante a CAN, quem vive em Luanda é confrontado com cortes diários, esta ineficiência no abastecimento de electricidade tem elevados custos, nomeadamente, a nível industrial porque pode desincentivar futuros investimentos.
Nenhum empresário estará disposto a investir num país onde as suas linhas produção podem parar diariamente, por vezes, mais do que uma vez por dia por falta de electricidade. Para evitar esse inconveniente proliferam geradores pelo país, mas o uso sistemático dos geradores agrava fortemente os gastos de produção, nomeadamente, os referidos com o abastecimento de energia, o que implica perda de produtividade, ou então, esse acréscimo de custo é repercutido no consumidor final (o que nem sempre é possível e corta-se na margem de lucro até a actividade deixar de ser rentável).
Parece-me fundamental antes de pensar na industrialização do país que sejam criadas as condições necessárias para desenvolver uma actividade industrial numa base competitiva, o que passa necessariamente por uma maior e melhor eficiência energética, nomeadamente, ao nível do abastecimento de electricidade.
A Sucessão Politica

Um dos post´s que tem gerado mais reacção por parte dos leitores refere-se a possível sucessão politica em Angola, por essa razão, gostaria de pedir aos nossos leitores, que sugerissem em plena consciência, a melhor personalidade angolana para suceder ao actual Presidente José Eduardo dos Santos. Aguardo as vossas sugestões. Coragem.