domingo, 21 de fevereiro de 2010

Real Estate Funds & Angola

Possivelmente, na indústria dos fundos de investimento, os mais atractivos e aliciantes, já foram os fundos imobiliários, refiro-me a eles no passado devido a crise do subprime que consumiu grande parte da sua rentabilidade.
Angola nestes últimos anos conheceu um espectacular crescimento no sector imobiliário impulsionado por diversos projectos, desde da construção de hotéis, edifícios, condomínios privados, centros comerciais e estádios de futebol.
Um fundo de investimento imobiliário é um veículo de investimento que permite o desenvolvimento de projectos e empreendimentos imobiliários. Podem ter uma natureza aberta ou fechada dependendo se as unidades de participação podem ou não ser subscritas pelo público em geral. É um instrumento que permite, quando, é aberto ser uma alternativa de poupança para os agentes económicos e com rentabilidades interessantes quando o sector imobiliário não se encontra deprimido.
A existência deste tipo de fundos na economia é sempre um sinal de modernização e sofisticação financeira, e um sinal, de atracção para os investidores externos, nomeadamente, os institucionais. Em Angola a ausência de mercados financeiros e uma legislação inadequada destes instrumentos tem lhes retirado o interesse e protagonismo que deviam ter numa economia que baseia parte do seu desenvolvimento económico na reconstrução e na criação de novas infra-estruturas.
Dentro da área do investimento é possivelmente o instrumento mais interessante para se trabalhar porque são projectos que implicam o contacto com profissionais de diversas áreas, possibilitando o enriquecimento profissional, além disso, são projectos que têm sempre uma tradução real na economia, nomeadamente, quando eles implicam a construção e desenvolvimento de novos empreendimentos de raiz.
A política de investimento destes instrumentos costumam ter basicamente duas dimensões, uma lógica de rentabilidade rápida, que consiste na construção de um empreendimento, procurar a sua valorização e promover a sua mais-valia através da venda. Ou então, uma lógica mais de longo prazo que passa pela exploração do empreendimento ou através do seu arrendamento. Nos fundos de grande dimensão normalmente estão presentes estas duas dimensões, fruto, da sua politica de diversificação.
Estou convencido que Angola ainda é um mar muito inexplorado nesta industria, apesar, do dinamismo e da vitalidade que se respira nos sectores imobiliários, fazia todo o sentido democratizar o acesso a estes fundos porque têm uma função e uma capacidade de transformação da economia bastante assinaláveis.