quarta-feira, 12 de maio de 2010

Existe Honestidade em Angola?

Creio que não há um dia em que não seja noticiado na imprensa nacional um caso de corrupção, o mais caricato é que depois quase nunca existem consequências. A única ilação que retiro, é que é uma coisa normal. Como se a corrupção além de estar institucionalizada também fosse genética e logo hereditária. Mas é mesmo assim? Será que não existe um único angolano honesto neste mundo?
Existir possivelmente até existem mas não são noticia e portanto não servem de exemplo para ninguém, pergunto-me, se essa omissão é voluntaria ou imposta?
Parafraseando Martin Luther King Jr, não me assusta a perversidade e a crueldade das pessoas más, mas sim o silêncio das pessoas boas, a questão é saber, se Martin Luther King diria o mesmo se fosse angolano porque possivelmente em Angola existem mais pessoas perversas do que de índole boa.
Em Angola impera a lei da sobrevivência para a generalidade da população, quando se tem fome e não se têm os meios, tudo acaba por ser permitido, só quem nunca foi confrontado pela dificuldade não poderá entender a lei do mais forte.
Para a plebe é uma questão de sobrevivência e para a aristocracia? Creio que é uma questão de ganância e soberba, uma forma de garantir os privilégios já adquiridos e manter o Status Quo. Convém sempre separar as águas, manter os pobres ainda mais pobres e os ricos ainda mais ricos. A honestidade não é compatível para quem em absoluto nada tem e para quem tudo quer.