quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Uma Estratégia Politica para a UNITA

Na sequência do último post do Pedro, gostava de analisar a situação politica da UNITA no espectro angolano. Estou de acordo com o Pedro quando afirma que a UNITA não sabe comunicar com o eleitorado, é notória, a falta de empatia entre os dirigentes da UNITA com o povo.
Em parte esta falha de comunicação pode ser explicada, pelo facto, da maior parte dos meios de comunicação social serem controlados e fiéis ao partido do poder, o que limita a exposição da UNITA ao eleitorado. Se ainda considerarmos a reduzida presença parlamentar da UNITA os efeitos negativos desta limitação farão sentir-se de uma forma exponencial.
Perante, estes graves constrangimentos, que condicionam fortemente o combate politico, que alternativas existem para a UNITA?
Creio que é fundamental que a UNITA seja capaz de protagonizar um combate politico aguerrido, de denuncia social e económica, com a apresentação de propostas alternativas e de soluções para os problemas que afligem as populações, o ponto essencial, é uma politica de proximidade, o partido necessita estar no terreno, estar junto das populações, recuperar e reconstruir a sua base de apoio social. Será determinante que o partido encontre formas alternativas de comunicar com o eleitorado, é necessário que a mensagem chegue, algo, que só será possível se a UNITA definir como prioritária uma estratégia de proximidade com o eleitor, do contacto pessoal, informal e humano. É importante, que a UNITA saiba eleger o terreno de combate, os meios de comunicação são um terreno adverso ao partido, o terreno mais favorável é do contacto pessoal, estar entre e com o povo.
Se foi com uma estratégia desta natureza que Obama conseguiu vencer nos EUA não existe nenhuma razão para que a UNITA também não possa consegui-lo em Angola.